Amanheci hoje num Portugal mais livre...
Não mais verei as mulheres do meu país prisioneiras das suas escolhas.
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O meu território de perplexidades...
Acerca de mim
- Sofia Neves
- Braga, Portugal
Os nossos silêncios são mortíferos...
Assim como o são os nossos gestos de invisibilidade.
As vozes subversivas são libertadoras...
Assim como o são os nossos rasgos de activismo pessoal.
"A liberdade, que é uma conquista, e não uma doação, exige uma permanente busca".
Paulo Freire in Pedagogia do Oprimido
Assim como o são os nossos gestos de invisibilidade.
As vozes subversivas são libertadoras...
Assim como o são os nossos rasgos de activismo pessoal.
"A liberdade, que é uma conquista, e não uma doação, exige uma permanente busca".
Paulo Freire in Pedagogia do Oprimido
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2 comentários:
Estamos de parabéns...todos os Portugueses e Portuguesas., 6 em cada 10 votaram SIM...Só tenho receio e alguma ansiedade de que as mulheres que recorram à prática do aborto não sejam bem tratadas pela sua decisão...eu vou tentar ser precisa e objectiva. Na Maternidade Júlio Dinis em 1974, (bem sei que foi há muito tempo) as parturientes que davam à luz eram muitas vezes maltratadas injuriadas e até agredidas...EU VI!..O medo fazia com que as mulheres que assim eram tratadas e as que viam , nada fizessem!Inclusive havia a venda de seguros de vida para o bebé( a angariadora era uma parteira), quem fizesse esse seguro era tratado de forma diferente,nada lhe faltaria. Em Junho de 2006, 32 anos mais tarde, na mesma Maternidade uma "grande equipa médica" num dia efectuaram pelo menos 3 partos com ventosa e um a ferros...partos traumatizantes, tanto a nível fisico como psicológico, incluindo o risco de vida das parturientes e dos bebés. Um bébé teve fractura da clavícula, uma mãe perdeu imenso sangue quase perdendo os sentidos... Tanta desumanidade!!!Esta equipa é já "conhecida" pelos partos que faz...A questão que eu ponho é a seguinte: se se tratam mulheres desta forma ao dar à luz, como serão tratadas as que irão recorrer ao aborto? Irão perguntar-me se alguém apresentou queixa. Eu respondo...como? Como se poderá apresentar queixa contra alguém que é protegido pelo poder Corporativo da Ordem dos Médicos e da própria Maternidade que tudo faz para proteger os "seus médicos e parteiras"?... Bem sei que não podemos generalizar, há bons profissionais, atentos, carinhosos e humanos...ambiguamente existem(infelizmente) os prepotentes, mal formados que só pensam na ascensão profissional e material...
Sei que devemos lutar , apresentar queixa...mas às vezes sentimos-nos tão pequeninos...e cansados com tanta burocracia e com tantos enganos!!! Temos que continuar a lutar pela igualdade de tratamento de TODAS as mulheres independentemente das suas escolhas e da situação. Tenho que acreditar que o Mundo será melhor para TODAS AS MULHERES!!!
Permita - me a Doutora Sofia fazer um comentário, ou melhor, um desabafo...Postou em seu blogue que amanheceu num Portugal mais livre, eu amanheci num Castelo de Paiva mais pobre. Há quem diga que vivo num local esquecido, onde as únicas coisas que o projectam no mundo são a queda da ponte e as fracas acessibilidades nas estradas. Orgulhosamnete eu dizia que Castelo de Paiva é muito mais que isso, e agora... sinto Castelo de paiva mais pobre , pelo facto , de tal como aconteceu em Portugal, existir ainda muitos individuos que não se preocupam com a problematica do aborto. Permita me deixar aqui um as palavras para os paivenses, e já agora, para todos os que lêm este blogue e não deram o seu contributo directo: SE NÃO FORAM VOTAR NÃO Se PRONUNCIEM SOBRE O RESULTADO DO REFERENDO PORQUE NAO TÊM ESSE DIREITO. PRONUNCIEM - SE TALVEZ, SOBRE OS NÚMEROS DA ABSTENÇÃO.
Ludovina Azevedo
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