Menu de identidades

«O que estamos a dizer às gerações que estão atrás de nós? Que sejam o que quiserem? Que escolham num menu de identidades aquilo que querem ser?».

Pois é evidente que não só é isso que estamos a dizer, como é isso que queremos dizer. Que as gerações vindouras sejam o que quiserem ser e não o que puderem ser!

A pergunta sobre o menu de identidades agrada-me particulamente.
Se com a metáfora do menu se pretende sublinhar a ideia da pluralidade, então é isso mesmo que queremos (que eu quero): um menu de identidades que contraste com a cartilha da heteronormatividade.

Se tivessemos um menu de identidades como possibilidade, certamente tudo seria mais justo, menos hipócrita e menos doloroso.
Mas parece que tudo que tenha a ver com direitos humanos, pessoas e dignidade não é uma prioridade com que nos devamos preocupar enquanto a crise económica não se resolver!