Pensei que já tinha ouvido tudo...mas enganei-me...
Pasmem-se pois aqueles e aquelas que pensavam, como eu, que todos os argumentos pelo não à despenalização da interrupção voluntária da gravidez tinham sido já postos em cima da mesa.
Há uma alegação que eu pessoalmente desconhecia...a de que a despenalização do aborto vai aumentar as desigualdades sociais a que as mulheres estão expostas... e consequentemente reforçar a discriminação a que estão sujeitas.
Pois é... parece-me que este é o argumento que faltava ao não...
Seria cómico se não fosse trágico...
terça-feira, janeiro 30, 2007
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1 comentário:
Todas as opiniões são válidas...mas por favor não culpabilizem as mulheres que recorrem a práticas abortivas com falsos moralismos. Culpabilizar é que é marginalizar...Todo o ser humano deverá ter o direito de nascer para ser amado, não somente para VIVER, para ser entregue "ao DEUS dará", ou ainda ser entregue numa instituição . Todas as crianças merecem ser aceites, desejadas, respeitadas e para que tal aconteça têm de ser desejadas desde o momento da sua concepção , durante o seu desenvolvimento intra-uterino e após o seu nascimento...e não é utopia...Algumas pessoas apregoam determinados valores ditos "morais" e acabam por ser perversas em relação às mulheres que recorrem ao aborto e às próprias crianças ... Portugal ainda acenta numa base social em que a religião tem papel preponderante, que classifica o aborto como "pecado mortal". Conheço clinicas de falsos moralistas que enriquecem à custa "destas mulheres", para não falar naquelas que têm de recorrer a outros lugares alternativos resultando por vezes até a morte. Claro que eu sou a favor da vida , claro que sou a favor de uma boa educação sexual e de um bom planeamento familiar para que não seja necessário recorrer ao aborto...mas este referendo é para acabar com a hipocrisia do" faz de conta" é pela liberdade das mulheres e homens, para que estes possam decidir em consciência o que desejam para si e para os seus filhos...Sejamos honestos,temos de lutar pela verdade e justiça social, não à humilhação das mulheres, não à sua marginalização, SIM Á LIBERDADE DE ESCOLHA E DE OPÇÃO
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