quinta-feira, outubro 16, 2008

Portugal depois de Abril

Portugal depois de Abril.
Este era o Portugal onde ambicionava viver hoje, 34 anos depois da Revolução dos Cravos.

Portugal depois de Abril?
Sim. Portugal livre. Portugal igualitário.
País de direitos consagrados, país de inclusão, país de pessoas.

Portugal depois de Abril?
Sim. Portugal heterogéneo, Portugal polifónico, Portugal diverso.

Portugal depois de Abril?
Terra da fraternidade? Em cada rosto igualdade?
Embora teimem em dizer que não, eu continuo a dizer que sim.

As regras da modéstia

Há dias a Vera enviou-me esta notícia.

Mais um exemplo flagrante das restrições a que as mulheres estão sujeitas por serem mulheres...
Já o disse aqui e repito-o hoje: o argumento da cultura não serve para justificar nenhum destes modelos de imposição sexista.
Este é um tipo de Apartheid que deveria motivar por parte do Ocidente respostas concretas...de indignação, de repúdio e de denúncia.

Se as pessoas, neste caso as mulheres, valessem um pouco mais do que o petróleo, acredito que as vozes da indignação, do repúdio e da denúncia já tivessem ecoado...

sexta-feira, outubro 03, 2008

Vergonha

O grupo parlamentar do PS impôs ontem a disciplina de voto contra os projectos do BE e PEV que admitem o casamento homossexual.

...ou como na política os pretensos valores ideológicos assentes na igualdade, na democracia e na justiça social estalam como verniz...

Como disse e muito bem Miguel Vale de Almeida: Vergonha, vergonha e mais vergonha!

(Esta é uma daquelas situações em que me apetece fazer as malas e ir viver para Espanha...)

quarta-feira, outubro 01, 2008

Isto sim... é a verdadeira doença...

... para a qual temos que encontrar depressa a cura...

(Como não consigo aceder ao link, transcrevo o texto na íntegra).
Assina este artigo de opinião uma criatura chamada Carlindo Vieira.
Diário do Minho, Setembro de 2008:

"Como que não haja problemas profundos para resolver na sociedade portuguesa, entenderam alguns jovens deputados ocupar o tempo a tratar dos problemas dos homossexuais, que querem elevar a "união de facto" à categoria de casamento, com iguais direitos e garantias.Eu sei que há muitos "Cabrais" e "Gamas" que, no século XXI, ainda sonham repetir as façanhas daqueles citados e destemidos navegadores. Mas, como não têm sequer coragem para ir de traineira às Berlengas, nem para descobrir qualquer ilha deserta, onde poderiam viver como e da maneira que quisessem, porfiam lutar, em terra firme, por uma lei de equiparação da "união de facto" ao casamento. Ora, essa tal lei, em ordem à criação humana, de equidade nada tem.Evidentemente, que pessoas amigas podem viver, fraternalmente, debaixo do mesmo tecto. Mas não é disso que se trata. Neste caso, trata-se de problemas de inversão da sexualidade natural.– Uma lei tem de ter uma motivação universal, que sirva toda a nação. Assim, só porque no momento há, quotidianamente, imensos assaltos e roubos, não vamos legitimar o assalto e o furto, para que todos os portugueses possam fazer o mesmo. Da mesma forma, para atender algumas pessoas, com hábitos que ofendem a natureza e a maioria das pessoas, não vamos legislar em favor dessa equiparação, porque a maioria dos portugueses, no casamento, não só não se revê nessa situação como ainda a recrimina.Basta conhecer bem o país em que vivemos e os sentimentos éticos e morais do nosso povo, para pôr logo de lado tão nefanda como perigosa pretensão!...Mas, se isso não bastasse, bastaria observar a natureza que nos rodeia e notar como se cruzam os animais, para concluir que, desde que o mundo é mundo, este cruzamento sempre se fez entre sexos diferentes. E, se do reino animal passarmos para o reino vegetal, confirmaremos que para a produção do fruto, há sempre, embora de forma diversa, a intervenção dos dois sexos.Se, ainda, verificarmos que em quaisquer destes reinos da natureza houve sempre cientistas famosos que nunca pensaram de outra forma, chegamos à conclusão de que se trata de pretensiosismo de pessoas pouco reflectidas.Por isso, com todo o respeito pelas pessoas nascidas com esse defeito e, até, pelas que ali foram cair, não podemos concordar com a equiparação dessa união ao casamento legal. Seria até caso para exclamar a conhecida frase de um pensador: – «Quanto mais conheço os homens, mais amo os cães».Este problema da equiparação diz respeito a todas as pessoas. Evidentemente, que tem muito mais a ver com praticantes da doutrina católica, do que com quem a não pratica; mas, mesmo assim, há milhares e milhares de anos, que o direito civil respeita este proceder. Não vai ser agora, agindo contra a tradição verificada em todo o mundo, que os portugueses, copiando o Governo espanhol, vão fazer a descoberta do século. Este caso ultrapassa os limites religiosos de qualquer religião e vai atingir os direitos e características naturais, que a natureza concedeu ao homem, ao animal e ao vegetal. O mundo está muito bem feito. Respeitemos as tendências naturais das coisas e não façamos como o nosso velho pai Adão que, segundo a Bíblia, desobedeceu e estragou a ordem criada no paraíso terreal. Por isso, dali foi expulso, para mal dele e de toda a humanidade".