porque o odor dos vermelhos cravos ainda não se desvaneceu, deixo-lhe um , bem vermelho, fresco e símbolo de democracia e amizade:
Fecham-se os dedos donde corre a esperança, Toldam-se os olhos donde corre a vida. Porquê esperar, porquê, se não se alcança Mais do que a angústia que nos é devida?
Antes aproveitar a nossa herança De intenções e palavras proibidas. Antes rirmos do anjo, cuja lança Nos expulsa da terra prometida.
Antes sofrer a raiva e o sarcasmo, Antes o olhar que peca, a mão que rouba, O gesto que estrangula, a voz que grita.
Antes viver do que morrer no pasmo Do nada que nos surge e nos devora, Do monstro que inventámos e nos fita.
"Antes viver do que morrer no pasmo do nada que nos surge e nos devora (...)"... Que força têm as palavras! E que fortes nos tornamos quando fazemos delas a nossa vida! Um beijinho Helena.
Os nossos silêncios são mortíferos... Assim como o são os nossos gestos de invisibilidade. As vozes subversivas são libertadoras... Assim como o são os nossos rasgos de activismo pessoal.
"A liberdade, que é uma conquista, e não uma doação, exige uma permanente busca". Paulo Freire in Pedagogia do Oprimido
2 comentários:
porque o odor dos vermelhos cravos ainda não se desvaneceu, deixo-lhe um , bem vermelho, fresco e símbolo de democracia e amizade:
Fecham-se os dedos donde corre a esperança,
Toldam-se os olhos donde corre a vida.
Porquê esperar, porquê, se não se alcança
Mais do que a angústia que nos é devida?
Antes aproveitar a nossa herança
De intenções e palavras proibidas.
Antes rirmos do anjo, cuja lança
Nos expulsa da terra prometida.
Antes sofrer a raiva e o sarcasmo,
Antes o olhar que peca, a mão que rouba,
O gesto que estrangula, a voz que grita.
Antes viver do que morrer no pasmo
Do nada que nos surge e nos devora,
Do monstro que inventámos e nos fita.
de Ary dos Santos
"Antes viver do que morrer no pasmo do nada que nos surge e nos devora (...)"...
Que força têm as palavras!
E que fortes nos tornamos quando fazemos delas a nossa vida!
Um beijinho Helena.
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